O QUE É A TAXA DE ESFORÇO?
A taxa de esforço é um conceito utilizado por bancos, ou entidades financeiras, para a avaliação do risco de crédito de um cliente. Assim, é possível dizer que é uma medida de análise de risco, que tem como objectivo relacionar o valor dos rendimentos que são auferidos mensalmente pelo agregado familiar, com o valor da prestação bancária de um ou mais créditos.
COMO SE CALCULA?
O seu cálculo é bastante simples:
% Taxa de Esforço = (Soma de todos os créditos / Soma de todos os rendimentos) x 100
– Caso viva numa casa arrendada, e não pretender sair, esse valor deve ser considerado como se de um crédito se tratasse;
– Se for casado ou viver em união de facto, o rendimento total é o somatório dos rendimentos de ambos os membros do casal;
– Se receber juros de investimentos, esse valor também é considerado um rendimento.
TAXA DE ESFORÇO | RESULTADO |
> 40% | Elevada |
= 40% | Moderada |
30 % e < 40% | Ideal |
= 30% | Máxima Ideal |
Para calcular a Taxa de Esforço são apenas considerados os encargos financeiros de crédito, deixando de fora despesas como água, luz, gás e alimentação.
TAXA DE ESFORÇO IDEAL
A maioria dos bancos recomenda que a taxa de esforço máxima de uma família seja de 40% (no caso de rendimentos baixos é até considerada uma taxa bastante elevada devido ao risco acrescido).
No entanto, a percentagem ideal centra-se em torno dos 30% (ou menor). Assim, muitos bancos já não aprovam crédito à habitação caso a taxa de esforço seja superior. Isto porque aumenta o risco de sobre endividamento e de excesso de crédito, se as condições se alterarem.
Caso o crédito seja de taxa variável, deve ter-se alguma atenção extra, pois o valor da mensalidade pode alterar-se drasticamente com a flutuação das taxas de juro. Assim, deve haver alguma margem de manobra e evitar uma taxa de esforço elevada logo à partida.
SE TIVER UMA TAXA DE ESFORÇO MUITO ELEVADA?
Existem famílias cuja taxa de esforço actual ultrapassa os 60% ou 65%. Neste caso, existem medidas que se podem tomar para rever essa percentagem, nomeadamente:
AMORTIZAR ALGUNS CRÉDITOS
Se os valores de crédito que tem em aberto não forem, na generalidade, muito altos, considere os que têm uma taxa de juro mais elevada e que se encontrem a poucas prestações do final. Se tiver algumas poupanças disponíveis, pode ser positivo ponderar a amortização desses créditos. No entanto, não deve ficar sem a totalidade das suas poupanças.
RENEGOCIAÇÃO DOS CRÉDITOS
Se amortizar os créditos não for uma opção viável, pode tentar renegociar com os bancos ou entidades financeiras as condições actuais, por forma a baixar as prestações mensais. Caso a extensão do prazo do empréstimo seja uma opção, tenha em atenção que irá aumentar o valor total que pagará pelo crédito no final.
CONSOLIDAÇÃO DO CRÉDITO
Por fim, existe ainda a opção da consolidação de créditos. Esta é usada quando se encontram já numa situação de sobre endividamento (mas que nunca deixaram de pagar as prestações dos créditos). Com esta opção, poderá alargar-se o prazo do empréstimo e juntam-se todos os créditos numa única prestação.
ACTUALIZADO: ABRIL 2020